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Babel e a Igreja – O quê estamos construindo?

Desde o princípio, a vontade de Deus é de que a humanidade viva em unidade. Um dos aspectos dessa Unidade pode ser comprovado através do fato que havia somente uma língua, ou idioma, no princípio da humanidade. À medida que a Terra foi sendo povoada e teve início o deslocamento, ou migração do homem, o mesmo deixou descer ao seu coração o “querer glória para si”, competindo com o seu próximo, do qual deveria ser par. 

Com a motivação contaminada de vaidade, desejaram fazer o próprio nome conhecido acima de outros homens e do próprio Deus. Foi assim que intentaram a construção da Torre de Babel (Gênesis 11). Naque tempo, Deus “descia” para ver os homens e suas ações. E foi assim, conhecendo a intenção do coração do homem, que Deus confundiu as línguas, para que não mais pudessem se comunicar claramente. Confundidos entre si, não só não levariam adiante a construção da Torre, mas também os demais planos que  viriam, para sua própria destruição e condenação através dos seus feitos sem Deus! Precisamos refletir se estamos envolvidos em “feitos sem Deus”, pois sem Ele, não edificamos nada, a não ser construções humanas e egocêntricas! 

Em Gênesis 11:4-9, vemos: ” E disseram: Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus, e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra. Então desceu o Senhor para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam; E o Senhor disse: Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto é o que começam a fazer; e agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer. Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro. Assim o Senhor os espalhou dali sobre a face de toda a terra; e cessaram de edificar a cidade. Por isso se chamou o seu nome Babel, porquanto ali confundiu o Senhor a língua de toda a terra, e dali os espalhou o Senhor sobre a face de toda a terra.” 

Na Carta de Paulo aos Efésios, Capítulo 2,  vemos Deus reconciliando povos, incluindo-nos na família de Deus (Ef 2:15), edificados sobre Cristo, a pedra angular. Em Babel, o homem desejou construir, sem Deus, e “tocar o Céu” para ter o seu nome glorificado. Em Efésios, vemos a revelação do coração de Deus em edificar a sua Igreja, como um “edifício bem ajustado” e para a glória de Deus. Percebe a diferença entre a construção humana e edificação de Deus?  Em Gênesis 11 vemos o homem querendo tocar o Céu, fazer coisas para si, sem Deus! Mas na Nova Aliança, vemos que o “Céu” veio nos resgatar através da Cruz de Cristo, reconciliando-nos com Deus através do Verbo encarnado! 

Assim, podemos refletir sobre Unidade, motivação de nossas reuniões solenes, em como estamos sendo Igreja. Estamos reunidos como Igreja, mas queremos construir algo que penetre o Céu para sermos reconhecidos ou queremos desenvolver uma vida de santificação e temor do Senhor para que venha o Reino do Senhor e que seja na Terra como já é no Céu?                 Concluindo irmãos, não façamos nada para Deus que não seja COM Ele. Em Nome de Deus cantamos, profetizamos, pregamos. Estamos construindo e projetando tocar os Céus com as nossas obras, mas só é possível atrair o Céu quando a vaidade, pessoal ou coletiva, cede lugar a vida edificada sobre a Rocha, que é Jesus! Sem Ele, nada feito! 

Deus os abençoe!

Tere Melo